Formas Emergentes

Mudanças Conceituais da IAAI Conceptual Shifts

Uma exploração sobre a evolução da conceptualização da IA começa com instruções simples- como «um desenho a lápis fotorrealista de uma granada de mão sobre um fundo branco imaculado»- que originam um primeiro conjunto de imagens geradas por IA. Uma dessas imagens é escolhida aleatoriamente para servir de semente à iteração seguinte. A IA volta então a gerar essa imagem, produzindo novas variações. O processo repete-se, afastando-se em cada ciclo do conceito inicial.

À medida que a IA estabelece novos pontos de referência a cada geração, este desvio gradual- conhecido como colapso do modelo- espelha a nossa trajectória colectiva, cada vez mais dependente da tecnologia. Passamos agora a usar a IA para moldar a forma como vemos e compreendemos o mundo, pedindo-lhe conselhos sobre como nos relacionarmos com os outros e resolver problemas técnicos ou emocionais. Ao externalizar mais dos nossos processos cognitivos e afectivos para as máquinas, introduzimos riscos significativos e inevitáveis de desalinhamento e perda de compreensão autêntica. As mudanças conceptuais da IA podem não se alinhar com os valores ou verdades humanas, transformando percepções e realidades e afastando-nos frequentemente de formas naturais e experiências genuínas.

Um caso particularmente intrigante ocorre quando uma imagem do planeta Terra começa a transformar-se num eclipse solar. A meio da transição, o visual tenta momentaneamente formar a imagem de um feto humano- um tema que o sistema está programado para evitar. Esse instante fugaz evidencia a tensão entre a autonomia tecnológica e os limites éticos, levantando questões sobre as capacidades latentes da IA e as consequências de confiarmos excessivamente na tecnologia para navegar o mundo.


Exemplo de Prompt 
“Um desenho a lápis fotorrealista de uma granada de mão sobre um fundo branco”

Algoritmo 
1.Gerar quatro versões do alvo
2.Seleccionar aleatoriamente uma variação
3.Regenerar a partir da selecção
4.Repetir